quarta-feira, 11 de abril de 2007

Capítulo 9


Capítulo 9

O jardim dos deuses



O arco-íris se estendia por todo o céu do santuário. Chegou à hora da partida para os Jardins suspensos.
- Vamos, não podemos perder tempo, elevem seus cosmos ao máximo! – ordenou Seiya aos demais cavaleiros.
- Shunrei... – Shiryu falou lentamente olhando para a garota.
Todos os outros também olharam pra ela.
- É mesmo, Shunrei não pode vir conosco... – disse Shun em tom de pena.
- E agora o que fará Shiryu? – perguntou Seiya ao amigo.
Shiryu não falou nada, ele estava muito confuso em como agir.
- Shiryu, não podemos perder tempo! Daqui a pouco esse arco-íris some... – disse Seiya ao amigo.
Por mais difícil que fosse, ele tinha de dizer essas duras palavras.
- Me desculpe Shiryu... – falou Shunrei com os olhos cheios de lágrimas – Eu fui uma burra em insistir para vir com você, eu só estou te atrapalhando...
- Não diga isso Shunrei, isso não é verdade! – disse Shiryu segurando as mãos dela.
Seiya e Shun ficaram só observando.
- Escute Shunrei: você ficará aqui nos esperando! Estamos no templo de Atena, creio que nada possa lhe acontecer, sem contar que estamos indo para os jardins suspensos agora para acabar com tudo isso que está acontecendo... Eu prometo que volto logo!
Ela olhou para ele com um gesto singelo e disse:
- Tudo bem, eu confio em você.
- Aproveite e reze muito por todos nós! – pediu Shiryu com um sorriso
Ela não falou nada, mas retribuiu com um sorriso também.
- Vamos! – disse Shiryu se virando para os amigos.
Seiya e Shun confirmaram com a cabeça.
Os três caminharam alguns passos e de repente pararam.
- Estão prontos? – perguntou Seiya.
- Sim! – afirmaram os dois.
Com os olhos fechados os três cavaleiros se concentraram e elevaram seus cosmos ao máximo. Com um único pensamento em mente, a cada segundo que se passavam, seus cosmos se elevavam cada vez mais. Finalmente em uma fração de segundos, os três cavaleiros se transformaram cada um em um raio de luz que tomou rumo ao espaço.
- Shiryu... – Falou a voz fraca de Shunrei quando ele partiu, e ficou olhando para o céu até as luzes desaparecerem.

No inicio do santuário, Hyoga, teve um grande choque com as ultimas palavras de Íris. Ela mencionou que Castor era seu amigo e isso não fazia nenhum sentido.
O cavaleiro de cisne caminhou lentamente até onde estava o corpo de Castor, (Não se sabia se ele havia morrido ou estava só desmaiado, pois Hyoga não conseguia mais sentir nenhum pouco do seu cosmo.) e ficou olhando para ele por um longo momento.
Sem hesitar mais, Hyoga se abaixou e colocou suas mãos na mascara de Castor
- Será que devo...? – Falou Hyoga lentamente.
Finalmente decidido, Hyoga segurou firme na mascara de Castor e a puxou.
- NÃO!
O coração de Hyoga congelou.
- Não...

Os jardins suspensos estavam tranqüilos até o momento em que três luzes se materializam no local, dando forma aos três cavaleiros de bronze: Seiya, Shiryu e Shun. Eles observaram bem o local, olhando de um lado para outro, (Na verdade não havia palavras para descrever a beleza do lugar, parecia um verdadeiro paraíso, todo florido e perfumado) até que finalmente Shun falou:
- Mas que beleza... – o cavaleiro de Andrômeda deu um leve sorriso.
- Sinceramente não entendo como alguém que vive aqui seja maligno. – disse Seiya respirando profundamente.
- Dá até para sentir a pureza desse lugar... – suspirou Shiryu.
- Vejam – Shun mostrou aos amigos o enorme templo que se via um pouco distante.
- Deve ser lá que está a Saori – Falou Seiya determinado. – Vamos, não podemos perder tempo!
Todos os três avançaram correndo em direção ao templo. A cada passo rápido que eles davam, um perfume profundo batia fortemente em suas narinas. Mas não era o mesmo perfume que estava no santuário, pelo contrario, era um perfume que os faziam se sentir bem. Quando estavam um pouco mais próximos do templo, um ser se materializou do nada um pouco a frente deles. Sem hesitar eles pararam o percurso. Era um cavaleiro.
- Para onde pensam que vão? – perguntou o cavaleiro com um tom forte na voz.
- Quem é você? – perguntou Shiryu.
- Vocês não deviam está aqui... – disse ele calmamente. – Esse lugar é exclusivo para os deuses, ninguém mais.
- Ora, quem você pensa que é para nos dizer o que devemos fazer ou não? – protestou Seiya exaltado.
O cavaleiro sorriu desdenhosamente.
- Vão embora, se não quiserem sofrer a fúria de um deus.
- Outro que se diz ser um deus... – disse Seiya ironicamente.
O cavaleiro continuou a sorrir abafadamente.
- Será que você pode sair da nossa frente? Precisamos chegar até o templo. – perguntou Seiya já imaginando qual seria a sua resposta.
- Pelo que percebo, vocês não desistem fácil não é? – perguntou o cavaleiro aborrecido.
- Não iremos desistir nunca! – exclamou Seiya.
- Muito bem, vou acabar com os três agora mesmo. Não posso permitir que vocês dêem mais um passo. – o cavaleiro fez postura de luta e elevou o seu cosmo intensamente.
- O cosmo dele... – começou Shun – Parece o de um deus...
- O que? – Seiya se assustou, mas também havia percebido.
- Não importa – disse Shiryu tomando a frente. – Seja um deus ou não, nos acabaremos com ele.
- É, você tem razão! – falou Seiya tentando acima de tudo sorrir.
- Nossa amizade supera tudo! – finalizou Shun.
Os três cavaleiros de bronze estavam unidos agora para derrotar o misterioso inimigo. Eles também elevaram seus cosmos intensamente.
O cavaleiro parecia não está nenhum pouco preocupado. Quando seu cosmo estava completamente elevado ele perguntou em voz alta:
- MUITO BEM, ESTÃO PREPARADOS?


Nenhum comentário: