terça-feira, 10 de abril de 2007

Capítulo 7


Capítulo 7

A hora da verdade (2° Parte)



Os cavaleiros de bronze encararam Castor por um longo tempo. Ele retribuiu e também os encarou sem falar nada.
- Você... – começou Seiya - Eu conheço essa sua voz. Esse seu cosmo também me é familiar...
- Têm razão Seiya, eu também percebi o mesmo. - disse Shiryu olhando para o amigo.
- Vocês dois, também perceberam? – perguntou Seiya a Hyoga e Shun.
- Sim, claro! – respondeu Shun abatido.
- Só não entendo, por que nenhum de nós não consegue se lembrar perfeitamente de nada. - disse Hyoga com bastante esforço.
Houve uma longa pausa.
- Já acabaram de se lamentarem? – perguntou Castor muito irônico.
- Chega Castor, fale logo de uma vez o que tem para falar! – exclamou Shiryu.
- Muito bem, escutem... – começou Castor a falar lentamente.
Todos os cavaleiros se paralisaram diante dele. Shunrei continuava aflita.
- Thorn, o cavaleiro de espinhos foi enviado ao santuário para eliminar todos os cavaleiros de bronze, só que ele fracassou... – Castor fez uma pausa. – Ele foi gravemente ferido por um cavaleiro de bronze, e foi obrigado a recuar.
- O QUE? – Seiya se assustou de repente. – THORN, FOI GRAVEMENTE FERIDO POR UM DE NÓS?
- Sim, Seiya, eu o enfrentei em um combate terrível, por isso estou nesse estado... – disse Hyoga brandamente – Dei o melhor de mim, é o mínimo que poderia acontecer com ele.
- Eu também o enfrentei, só que fui derrotado...
Seiya baixou a cabeça, parecia bastante envergonhado.
- Então é por isso que você também está todo machucado, Seiya... – perguntou Shun.
Seiya não respondeu.
- No entanto... – Castor prosseguiu. – Eu fui enviado para substituir Thorn, e acabar de uma vez por todas com todos vocês.
- O QUE? – protestou Seiya.
- Você fracassará assim como Thorn... – falou Hyoga.
- Diferente de Thorn, eu sou um Deus. – disse Castor se vangloriando.
- Não importa, nos quatro reunidos te derrotaremos – falou Seiya decidido.
- Castor... – começou Shun lentamente. – eu não entendo, por que querem tanto acabar conosco? Por favor, me diga: Por que tanta raiva, tanto ódio...?
- Por quê? – disse Castor incrédulo. – Vocês são os vermes mais detestáveis deste mundo. Vocês levantaram suas mãos imundas diversas vezes contra os Deuses. Vocês cometeram crimes imperdoáveis... – ele fez uma pausa – Chegaram até a matar um Deus. Ainda perguntam, por que estão sendo condenados?
- Você está enganado... – disse Shun nervoso.
- Não Shun, não adianta explicar para esse ser desprezível por que lutamos. – disse Shiryu muito serio.
- Têm razão Shiryu. – falou Seiya determinado. - Termine o que tem para nos dizer Castor, vamos acabar de uma vez por todas com tudo isso.
- Agora chegou à hora de refrescar suas memórias: Durante a batalha contra Hades, o santuário entrou em total desequilíbrio. No choque das duas exclamações de Atena, grande parte do santuário foi destruída, e com o ataque dos espectros, outra grande parte também foi. Só restaram as ruínas. Como os Deuses decidiram castigá-los por todos os seus crimes, eles acharam uma ótima oportunidade. E como eles fizeram isso?
Todos estavam pasmos.
- O esquecimento profundo. Decidiram que vocês entrassem na mais profunda confusão de suas vidas. Vocês não se lembrariam de nada que os deuses não quisessem. E então é que eu entro em ação. Eu sou considerado o mestre supremo das ilusões. Minhas ilusões superam a de qualquer um, pois alem de serem bem feitas, também posso dominar bem os seus efeitos...
- Está falando daquele perfume sinistro? – perguntou Shiryu.
- Exatamente!
- Essa voz, por que não consigo me lembrar... – Shun parecia desesperado.
- Não adianta, vocês não conseguirão lembrar de nada que os Deuses não queiram, e acho que isso eles não querem. – disse Castor sorrindo.
- Acho isso uma estratégia pavorosa. – protestou Hyoga
- Vai querer agora questionar a vontade dos Deuses?
Castor parecia agora enfurecido com as palavras de Hyoga.
Ninguém falou nada.
- Agora, vou dizer o que vocês mais querem saber... – disse Castor finalmente. – Onde está Atena...
- O QUE?
Seiya teve um imenso choque.
Todos os outros também se assustaram.
- DIGA, ONDE ESTÁ A SAORI? – protestou Seiya se exaltando.
- Atena, está em um lugar muito distante daqui... – começou Castor. – não se preocupem, pois ela foi por vontade própria.
- ISSO É MENTIRA!
Seiya apoiou Hyoga no ombro de Shun e avançou alguns passos.
- Contenha-se Pégaso, ainda não acabei de falar! – falou Castor enfurecido.
- Espere Seiya, essa é a única oportunidade que temos de saber o paradeiro de Atena. - disse Shiryu brandamente.
- Mas se ele estiver mentindo? – protestou Seiya.
- Mas se estiver falando a verdade? – completou Shiryu.
- Shiryu tem razão Seiya. – disse Hyoga.
Seiya baixou a cabeça. Tentou compreender a opinião dos amigos, mesmo que fosse difícil.
- Muito bem então, diga logo onde está Atena! – ordenou Seiya determinado.
- Direi onde ela está, mais não servira de nada... – zombou Castor. – Muito bem... – Falou ele finalmente. – Atena está nos jardins suspensos.
- ONDE? – perguntaram todos ao mesmo tempo.
- Nos jardins suspensos. – repetiu Castor
- E onde fica isso? - perguntou Shiryu.
- Os jardins suspensos, é um lugar sagrado que os mortais não podem visitá-lo. Os Deuses tem entrada livre, por isso Atena está lá no momento.
- IMPOSSIVEL! DEVE HAVER ALGUMA MANEIRA DE COMO A GENTE POSSA CHEGAR LÁ! – protestou Seiya furioso.
- Mais o que você está dizendo? É inadmissível que vermes como vocês cheguem até os jardins suspensos. Mesmo que fosse possível a entrada de mortais, com certeza vocês seriam uma exceção. Vocês, os seres que os deuses mais detestam... – falou Castor incrédulo.
- Têm que haver uma maneira... – Seiya suplicava.
- Bem... – começou Castor. – Têm sim, mais acham mesmo que a grande Deusa protetora do Jardim não tomaria nenhuma providência?
- Seja lá qual for, diga Castor! – pediu Seiya.
- Outra forma de se chegar aos Jardins suspensos, é seguindo o rastro do arco-íris. Toda vez que um arco-íris aparece no céu, uma passagem se abre em direção aos Jardins Suspensos. Os arco-íris são fenômenos místicos que ligam o céu e a terra. E são por eles também que os deuses têm acesso aos dois mundos. Para conseguir chegar aos Jardins suspensos, basta elevar o cosmo ao máximo proximo de um arco-íris, tendo em mente a força e o desejo suficiente de chegar até lá. Se tudo der certo, acontece um milagre e o ser se transforma numa luz que o guia até lá. Mas como eu ia dizendo, sem ser um Deus, vocês não conseguirão chegar até lá, pois uma imensa barreira de energia, os impedirão de atravessarem o outro lado. Humanos e deuses não se misturam...
- O que exatamente Atena foi fazer nos jardins suspensos? – perguntou Shun.
- Eu acho que já falei demais. – disse Castor seriamente. – Agora vocês podem morrer em paz.
Castor se concentrou em um turbilhão imenso de energia maligna, e disparou um de seus ataques contra os cavaleiros:
- VENDAVAL DAS TREVAS!
Todos foram arremessados para longe. Shiryu tentou proteger Shunrei ao máximo possível abraçando-a.
- Você está bem? – perguntou Shiryu a garota.
- Sim... ,acho que sim...
- Eu te disse que era melhor você ter ficado nos cinco picos...
- Shiryu, já conversamos sobre isso!
A garota falou de um jeito que Shiryu só teve de concordar com ela.
- Está bem, você tem razão!
Todos os cavaleiros se levantaram, emanando seus cosmos em alta escala.
- Vocês insistem em lutar contra um Deus.
- Você não é um Deus! – disse Hyoga com afirmação.
O cavaleiro de cisne parecia ter superado todos os seus ferimentos.
- Mais o que você está falando seu maldito, é claro que sou.
- Então prove!
- Muito bem infeliz, te mostrarei a imensidão do meu poder.
- Cavaleiros saiam daqui, deixem o Castor comigo! – ordenou Hyoga.
- Mas Hyoga... – Falaram todos ao mesmo tempo.
- Não podemos perder tempo, vão logo salvar Atena!
- Pare de dizer besteiras seu idiota! – disse Castor irritado.
- Ele tem razão Hyoga, como chegaremos lá. – disse Shun ao amigo.
- Esqueceram que as nossas armaduras foram banhadas com sangue de Atena. Se não fosse possível chegar lá, como foi que atravessamos outra dimensão é chegamos até os campos Elíseos?
- Ele tem razão... – disse Seiya lentamente.
- Vão logo! Eu prometo que depois eu os alcanço! – ordenou Hyoga novamente.
Sem hesitar, os outros cavaleiros seguiram em frente, e aguardariam a oportunidade certa para seguirem em direção aos jardins suspensos. Shunrei os acompanhou.
- De jeito nenhum... – Castor tentou impedi-los.
- Eu sou o seu adversário! – disse Hyoga atravessando-se na frente dele.





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