domingo, 8 de abril de 2007

Capítulo 5


Capítulo 5

Hesitação


Shiryu finalmente chegou ao santuário acompanhado de Shunrei. Antes de entrar no local, ele sentiu o perfume de rosas sufocá-lo.
- Está sentido esse cheiro, Shunrei? – perguntou Shiryu a garota.
- Sim, está muito forte.
- Shunrei, esse perfume pode conter um veneno mortal, é melhor você ficar aqui me esperando, enquanto eu dou uma revisão lá dentro.
- Mas Shiryu...
- Por favor, Shunrei compreenda, não quero que você corra o risco de perder a vida em vão.
- Tudo bem, eu entendo.
- Eu volto logo.
Colocando a armadura de dragão no corpo, Shiryu seguiu em frente.
- Por favor, tome cuidado! – exclamou Shunrei com cautela.
O perfume de rosas estava cada vez mais intenso e Shiryu tinha certeza de que Shunrei não agüentaria muito tempo, caso respirasse para dentro o forte aroma.
Queimando seu cosmo a cada passo que dava, Shiryu finalmente conseguiu avançar oito casas, quando na saída da casa de escorpião ele teve um grande choque:
- HYOGA!

No inicio do santuário, Shunrei esperava ansiosa Shiryu voltar. Ela se ajoelhou e começou a rezar:
- Por favor, meu Deus, proteja o Shiryu. Livre ele de todo mal, e que ele volte são e salvo...
Sua suplica era intensa.
- Por favor, ajude-o...
- Deveria rezar por si mesma.
Shunrei congelou.
- Quem está ai?
Ela não obteve resposta.
Shunrei levantou-se rapidamente e se direcionou na direção da temida voz. Atrás dela estava parado alguém parecido com um cavaleiro.
- Quem é você? – perguntou Shunrei assustada.
- Não tenha medo, não vou te fazer nenhum mal, apenas vou ajudá-la a partir desse mundo sem sofrimento.
- O que?
Shunrei ficou pálida.
- Mais antes, acho que devo me apresentar...

Hyoga estava caído, desacordado e bastante ferido. Shiryu tentou despertar o amigo, mas Hyoga continuou desmaiado. Hyoga possuía ferimentos profundos por todo o corpo, e sua respiração estava bem fraca. Shiryu percebeu que o cavaleiro de cisne estava entre a vida e a morte.
- Hyoga, por favor, reaja! – implorou Shiryu, que estava ao lado dele muito perturbado.

Muito, mais muito longe dali, em um lugar muito bonito, (Um campo imenso, que não se fazia idéia onde começava ou terminava. O lugar era completamente florido e um perfume agradável pairava por todo local. Era um verdadeiro paraíso e lembrava muito os campos Elíseos.) Thorn, caminhava lentamente. Ele estava muito ferido, e a sua aparência estava horrível. Ele seguia em direção a um templo imenso, quando de repente é barrado:
- Para onde pensa que vai?
Era Íris, a mulher que há pouco tempo também estava no santuário, e que Thorn a tratou com bastante desprezo.
- Não me amole. – disse Thorn com bastante esforço.
Ela sorriu. Parecia feliz de ver Thorn naquele estado.
- Pelo que vejo, você fugiu do santuário antes de cumprir a sua missão, não é mesmo?
- Já falei para não me amolar. – repetiu Thorn furioso.
- CHEGA THORN, EU JÁ ME CANSEI DE VOCÊ! – protestou Íris furiosa.
Sem perder tempo ela continuou:
- VOCÊ NÃO CONSEGUIU TERMINAR A SUA MISSÃO, PORTANTO VOCÊ NÃO PASSA DE UM SIMPLES CAVALEIRO AGORA...
Thorn estava cada vez mais furioso, mas Íris o ignorou e prosseguiu:
- NO SANTUÁRIO DA GRÉCIA, VOCÊ ESTAVA TODO AUTORITARIO, SÓ POR QUE ACHOU QUE CONSEGUIRIA VENCER TODOS OS CAVALEIROS DE ATENA... – ela fez uma longa pausa. – Mas você fracassou...
- Saía da minha frente, não tenho tempo a perder com você! – ordenou Thorn.
- Você não vai dar mais nenhum passo, pois sei muito bem que está indo até templo perturbar, vossa majestade. – falou Íris determinada.
- Onde eu estou indo, não é da sua conta. – disparou Thorn com desdém.
- Vossa majestade já sabe do seu fracasso, portanto não adianta implorar, você não terá outra chance.
- Não me obrigue a te atacar... – disse Thorn muito serio.
- Neste estado? – Íris deu uma bela gargalhada. – Nem mesmo se você quisesse.
Thorn não falou nada, pois tinha certeza que Íris tinha razão; ele estava em um estado lamentável.
- Desista Thorn, você perdeu... – Íris completou deixando Thorn incrédulo: - Vossa majestade, já enviou outro cavaleiro para cumprir a tarefa em que você fracassou...
- O QUE? Isso não pode ser verdade...

Shyriu continuava parado ao lado de Hyoga. O coração do cisne batia lentamente e a cada segundo que se passava, o cosmo dele ficava mais fraco.
- Você precisar sobreviver Hyoga... Você não pode morrer...
Shiryu agitava o corpo inerte de Hyoga desesperado.
- Ahhhhhhhhhhhh!
- SHUNREI!
Shiryu escutou o grito profundo de Shunrei ecoar por todo o santuário.
Ele ficou perplexo. Era um dos momentos mais terríveis de sua vida; teria que decidir rápido: Correria para salvar Shunrei ou ficaria ao lado de Hyoga que estava entre a vida e a morte?


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