terça-feira, 24 de abril de 2007

Capítulo 19


Capítulo 19

O desafio final (2° Parte)


O sorriso ordinário de Thorn, estava estampado claramente em sua face. Era possível notar a profunda confiança que o cavaleiro de espinhos tinha em si mesmo.
Ele olhou para Hyoga mais uma vez e disse:
- Sorte sua loirinho... – E se dirigiu em direção aos demais cavaleiros.
Ouviu-se um barulho repentino. A porta por onde eles entraram desapareceu.
- Não sairão mais daqui... – disse Thorn sorridente. – Matarei vocês e em seguida...
- MORRA SEU MALDITO! – precipitou-se Seiya. - METEOROS DE PÉGASO!
Os meteoros de Seiya atingiram o corpo de Thorn, que nem se defendeu, mas nada aconteceu com ele. Os meteoros batiam no seu corpo e se dissolviam. Thorn sorriu como se aquilo não passasse de uma agradável massagem.
- Já terminou? – perguntou.
- O que? – percebendo a inutilidade do seu ataque, Seiya recolheu o golpe.
- Posso começar agora? – perguntou Thorn abafando um sorriso irônico.
Shiryu e Shun tomaram a frente.
- Eu faço questão de eliminar o Pégaso primeiro, afinal, ele foi o primeiro de vocês que eu enfrentei...
- Estamos unidos, não deixaremos que nada aconteça um com o outro... – disse Shiryu.
- Admiro a amizade de vocês, mas ela não vai adiantar muito agora... – Thorn levantou seu punho que exibia um brilho negro. – Se fazem tanta questão de morrerem juntos... Então que morram:
- SOCO TURBINADO DE ESPINHOS!
Uma forte rajada de espinhos em forma de luz saiu em disparada do seu imenso punho.
Hyoga nada pode fazer...
- NÃO! – gritou ele.
Mas parece que todos estavam perfeitamente bem. Shun os protegera com a defesa circular da sua corrente divina.
- Malditos...
- Vamos Ikki acorde... – Hyoga tentou despertar o amigo que estava desacordado no chão sangrando muito.
- Thorn, a minha corrente tem a defesa mais poderosa do mundo. Portanto, não adianta, você não vai conseguir rompe-la.
- É muito corajoso de sua parte dizer isso pra mim garoto...
- Você se acha ameaçador Thorn? Mais isso não basta... – Shun falou seriamente. – A nossa união supera tudo, e vamos te mostrar isso agora.
Thorn pareceu não entender.
- Preparados cavaleiros!
- Sim! – disseram eles em uníssono.
Seiya e Shiryu elevaram os seus cosmos para atacarem em igualdade.
- Não esquece de nós Shun! – Hyoga e Ikki também faziam postura de luta. Ikki parecia realmente abatido, mais nada que as cinzas renovadoras da lendária fênix não resolvessem.
Thorn agora se via encurralado. Ele conseguia sentir os cosmos dos cavaleiros bem elevados. Três de um lado, dois do outro e ele no meio...
- É o seu fim cavaleiro! – anunciou Seiya.
- METEOROS DE PÉGASO!
- CÓLERA DO DRAGÃO!
- CORRENTE NEBULOSA!
- PÓ DE DIAMANTE!
- AVE FÊNIX!
Atacaram todos em união.
Thorn ficou perplexo, não havia tempo nem de pensar...
Uma grande explosão teve origem. Os cinco golpes fundidos haviam cercado Thorn, e o atingiu drasticamente.
Uma fumaça enevoada teve origem no local do impacto dos cinco ataques.
- Conseguimos...? – perguntou Shun animado.
A fumaça foi desaparecendo lentamente.
- Não sejam ridículos! – falou Thorn que estava no meio parado. Não estava intacto como antes, tinha alguns ferimentos nas partes desprotegidas, mas a sua armadura estava inteira e ele demonstrava um ar de superioridade e fúria.
- Impossível...? – Todos ficaram boquiabertos.
- Vocês... Criaturas abomináveis, asquerosas... – Thorn parecia furioso – VÃO ME PAGAR POR ISSO!
Ele explodiu seu cosmo repentinamente. Os cavaleiros foram todos arremessados com a pressão, ambos os lados.Vários dos altos pilares vieram a baixo e as paredes obtiveram profundas rachaduras.
- É muita ingenuidade de vocês acharem que podem me derrotar com tão pouca coisa...
- Ele é muito forte... – resmungou Seiya caído que logo em seguida apagou.
Todos os outros também foram profundamente feridos e também estavam inconscientes.
- Muito bem Thorn, demonstrando toda a sua força... – falou animada a voz da mulher por trás das cortinas.
A sala estava toda destruída, e todos os cavaleiros “derrotados”.
- Majestade, espero que tenha ficado satisfeita. Desculpe-me por ter causado todo esse distúrbio, mais eu cumpri o que prometi... – Thorn se aproximou do trono coberto pela longa cortina vermelha e se ajoelhou.
- Tudo bem Thorn, posso cuidar disso num instante...
Finalmente a misteriosa figura estava preste a se revelar. A cortina foi partida ao meio por uma força invisível e de dentro saiu uma bela mulher. A perfeição estava estampada na sua beleza. Não se encontrava palavras para definir toda a sua graça. Ela possuía longos cabelos loiros e estava usando uma armadura rosa bem clara. Retoques dourados preenchiam a armadura, deixando-a superior as demais na beleza. Tinha também duas longas asas amarelas cor do sol e segurava um pequeno espelho pra lá de misterioso...
- Majestade... – Thorn se impressionou. – É você mesma?
Na verdade, Thorn nunca tinha visto o rosto dela antes.
Ela sorriu.
- Com todo respeito: vossa majestade é encantadora...
- Obrigada Thorn, fico muito grata.
Thorn parecia hipnotizado na sua frente.
- Agora o toque final...
Ela fechou seus belos olhos verdes, (que pareciam duas valiosas esmeraldas) e respirou profundamente. Uma brisa de pétalas se formou e invadiu o templo. Tudo parecia voltar à perfeição. Os pilares se reformaram e as fissuras nas paredes e as crateras no chão desapareceram.
- Majestade... – Thorn não encontrou palavras para se expressar. – Isso foi incrível...
Ela abriu os olhos.
- Nada como a beleza acima de tudo...
Ela foi interrompida por Seiya que esforçadamente ficou de pé.
- Pégaso...? – ela assustou-se.
- Como ela é bonita... – Seiya também ficou impressionado.
Ela sorriu mais uma vez.
- Quem é você? – perguntou Seiya.
- Isso não é da sua conta Pégaso... – Thorn tomou à frente furioso. – Como ainda resiste?
- Acabarei logo com você, Thorn... – disse Seiya.
- Quanta arrogância... Morra seu cretino!
- CORRENTE DE ESPINHOS!
A mesma corrente de espinhos que atingira Ikki, avançou na direção de Seiya.
- METEOROS DE PÉGASO!
- Não seja ridículo!

A corrente de espinhos resistiu aos meteoros e cercou Seiya, como uma aranha que estava com uma presa próxima a devorá-la. Ela enroscou nele com bastante vingança. Seiya gritou profundamente resistindo, mas a dor o superava.
- Não adianta resistir, só vai prolongar o seu sofrimento...
- Nunca que eu vou ser derrotado por essa arma ridícula!
Seiya explodiu o cosmo. A corrente de espinhos foi despedaçada.
- Não! – Thorn soltou uma exclamação aguda.
De volta no chão, Seiya encarou Thorn com certo orgulho na face.
- Eu sou um cavaleiro de Atena, não vai me vencer...
Seiya queimou o seu cosmo intensamente.
- Do que adianta, está lutando por um causa perdida...
- O que está dizendo? – perguntou Seiya furioso.
- Eu disse que Atena não poderá mais ser salva, pois ela já está morta...
- Não... Não... NÃO! – gritou Seiya. – Isso é impossível...
- Me responda só uma coisa, consegue sentir o cosmo dela? – Thorn parecia bastante feliz com isso.
(É verdade... A cosmo energia de Saori desapareceu...) – pensou Seiya angustiado.
Vendo a cara de Seiya de derrotado, Thorn tentou finalizar:
- Morra Pegaso, vá se juntar com Atena no mundo dos mortos... – ele usou os dois punhos que brilhavam intensamente para atacar.
- NUNCA! Nunca me darei por vencido! – Seiya explodiu de raiva.
Imediatamente, uma forte cosmo energia transbordou de seu corpo. Um brilho intenso...
- O que está acontecendo...? – Thorn percebeu a reação estranha no corpo de Seiya.
- Sinto um novo poder invadir o meu corpo...
Mais um milagre aconteceu. Seiya estava agora trajando a lendária armadura divina de Pégaso.
- Incrível... – murmurou uma voz feminina.
- Prepare-se para morrer Thorn...
- Não seja ridículo...
Thorn avançou furiosamente para atacá-lo.
- Não se aproxime!
Thorn nem deu ouvidos a ele.
É agora!
- METEOROS DE PÉGASO!
Uma forte rajada de meteoros partiu em disparada. A armadura de Thorn foi destruída em inúmeros pedaços. Seu rosto agora sangrava sem parar, mesmo assim ele ainda se manteve de pé. Seus longos cabelos negros brilhavam intensamente.
- Posso acabar com você a qualquer momento...
- LUTAREI ATÉ A MORTE PEGASO!
Thorn avançou contra Seiya mais uma vez, que desta vez não mediu esforços e disparou pela primeira vez um ataque inédito.
- EXPLOSÃO DE PEGASO!
Uma bomba de energia na velocidade da luz cortou o vento.
- NÃOOOOOOOOOOOOOO!
- THORN... – gritou apavorada a mulher atrás dele.
Por fim Thorn caiu derrotado no campo de batalha.
- Não pode ser... – a mulher parecia não acreditar ao ver o corpo de Thorn morto no chão.
- Saori...
- Maldito Pégaso... – a mulher mirou seu olhar para Seiya.
- Rápido, me diga onde está a Saori...!
- Thorn não mentiu, Atena a está hora deve está morta.
- Não...
- Não acredita? – ela se esforçou para sorrir. – Deixarei então que possa comprovar isso com seus próprios olhos antes de morrer...
Seiya sentiu uma profunda dor no fundo do seu peito.
- Muito bem Pegaso, Veja!
Ela apontou uma das mãos para o seu trono que rapidamente mudou de forma e transformou-se numa porta.
- Depois daquela porta, você encontra o meu glorioso jardim. Naturalmente não gosto que seres incapazes entrem nele, mas deixarei você, pois pra mim será mais que uma honra vê-lo ver Atena morta...
Seiya correu rapidamente
- Saori...
- Morra Pégaso...
Thorn se levantou rapidamente do chão como um morto vivo sedento por vingança. Sua cara toda ensangüentada e os olhos cheios de fúria.
- Morra você seu maldito! – Ikki levantou-se repentinamente. - AVE FÊNIX!
Thorn foi completamente destroçado, e como um trapo de uma boneca de pano foi caindo com leveza no chão.
- Eu disse que acabaria com você com minhas próprias mãos... – dizendo isso Ikki caiu logo em seguida também.
- Que coisa mais horrível, um cavaleiro de Atena movido pelo ódio... – disse a mulher com desdém.
Seiya não deu atenção a nada, e continuou seu percurso em direção ao jardim sagrado.

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