terça-feira, 24 de abril de 2007

Capítulo 18


Capítulo 18

O desafio final (1°parte)


Fim de mistério. Os dois vultos se materializaram e revelaram seus verdadeiros donos. Eram Hyoga e Ikki que adentraram repentinamente no salão.
- Meu irmão...? – Shun não escondeu a alegria ao rever o irmão.
- Olá, irmãozinho! Pelo que vejo você está cumprindo a promessa de lutar como um verdadeiro homem. – disse Ikki.
- Hyoga, você está bem? – perguntou Shun.
- Não se preocupe, estou ótimo! – respondeu Hyoga sorrindo.
- Como é que vocês chegaram aqui...? – Íris estava incrédula. – Impossível!
- Se fosse impossível não estaríamos aqui... – falou Ikki irônico.
- Sua armadura... – Íris não sabia o que dizer. – Ela está intacta. Mas como? Eu mesma a destruí. Eu a destrocei completamente.
- Querida Íris, após eu me livrar daquela pavorosa armadura da ilusão, a armadura de fênix surgiu novamente no meu corpo. Isso por que ela é imortal, assim como a lendária ave fênix: renasce das cinzas.
Ninguém falou nada por um longo momento. Todos se encararam friamente.
O silêncio foi quebrado por Ikki:
- Onde está aquele imbecil do Thorn?
- Isso não é da sua conta! – respondeu Íris friamente.
- Eu acabarei com aquele idiota. Ele vai me pagar por tudo...
- O que aconteceu com a armadura da ilusão? – perguntou Íris perplexa.
- Não me pergunte sobre aquela coisa desprezível... Saía logo da minha frente. Não é com você que eu tenho contas a acertar.
- Está maluco? Se quiser passar, terá que me derrotar!
- Não me obrigue a lutar com você...
- Somos três a um Íris, vai encarar? – falou Shun ironicamente.
Hyoga sorriu concordando.
- Pois então que venham! Não tenho medo de vocês!
Íris atacou rapidamente:
- SUSPENSÃO CELESTE!
- GOLPE FANTASMA DE FÊNIX! – Ikki revidou rápido.
O ataque de Íris foi anulado, enquanto o de Ikki afetou-a completamente.
Atordoada com o espírito diabólico, Íris tem um terrível pesadelo.
Ela estava sentada em um campo muito florido e perfumado. O vento fresco batia nos seus longos cabelos rosados e os faziam flutuar. De repente alguém se aproxima dela. Íris só viu seu vulto negro e seus olhos vermelhos e diabólicos.
-Você já me foi útil o bastante... – falou a figura misteriosa com sua voz fria. – Mas agora não preciso mais de você... Morra!
Fortes rajadas de fogo foram disparadas no jardim por esse ser. Um incêndio terrível se originou. Íris gritava profundamente no meio dele... Aos poucos ela ia sendo carbonizada...
Íris acordou gritando apavorada com as mãos na cabeça.
- O que foi isso? – perguntou ela atordoada.
Ikki sorriu.
- Isso foi a minha ilusão diabólica. Ela mexe com o sistema nervoso da vitima até destroçá-lo.
- Isso é o melhor que pode fazer? – caçoou ela, mesmo sem estar em condições.
- Íris, você não tem chances, portanto pare de resistir, nos deixe logo passar. – falou Hyoga muito serio.
- NUNCA!
- Entendi, então terei que te eliminar sem piedade... – Ikki falou friamente.
- Ikki...? – deixou escapar Shun ao ouvir as palavras duras do irmão.
- Shun, essa mulher é maligna, estou tratando ela como ela merece. Eu acho que já te ensinei isso.
Shun não falou mais nada.
- Prepare-se Íris:
- AVE FÊNIX!
- REFLEXO DE LUZ! - revidou ela.
Os dois ataques se chocaram e se alto - destroem.
- MORRA FÊNIX! LAMPEJO DE CORES! – atacou Íris sem perder tempo.
- Idiota, já falei que não tem chances contra mim:
- AVE FÊNIX!
- PAREM!
Ikki ficou paralisado. Todos ao seu redor também.
- Íris, deixe eles seguirem em frente!. – era uma voz feminina que parecia vir de muito longe.
- Mas... – Íris reagiu.
- É para o seu próprio bem...
- Claro, sua palavra é uma ordem...
- Muito bem, será recompensada futuramente.
A voz desapareceu.
- Quem era? – perguntou Ikki perplexo.
- Isso não é da sua conta. – Ela parecia abalada. - Vamos, não ouviram? Sigam em frente! O objetivo final de vocês está próximo...
Todos os cavaleiros se encararam.
- Vão, depois eu alcanço vocês... – disse Shun. – Eu tenho que despertar o Seiya e o Shiryu.
- Tem certeza que eles ainda estão vivos? – perguntou Íris duvidando.
- Eles não vão desistir tão facilmente...
- Ikki, o Shun tem razão! – falou Hyoga com um ar de compreensão.
- Conto com você irmãozinho...
- Não vou decepcioná-lo Ikki...
Ikki balançou a cabeça concordando e olhando mais uma vez para Hyoga, os dois correndo seguiram em frente.

Ikki e Hyoga entraram triunfante na grande sala principal. Na verdade era a mais bonita de todas. Ela era rodeada de pilares, flores e perfumada. Iluminada com um esplendor divino. Um longo tapete vermelho coberto com rosas dava caminho até um trono escondido com cortinas da mesma cor. Ikki e Hyoga caminharam lentamente até chegarem em frente dele.
- Já pode sair daí... – disse Ikki seriamente.
- Vamos, já está na hora de revelar, quem é você... – insistiu Hyoga.
- Vocês continuam como sempre – falou uma voz feminina doce e perfeita. –, não respeitam nem mesmo as grandes divindades...
- Não pode está falando de você! – falou Ikki ironicamente.
- Vai ser castigado por isso, seu inútil... – disse ela furiosa. Apesar disso, sua voz não deixava de ser doce e bela. – É assim que retribui tudo que fiz por você?
- Não seja ridícula! Você tentou me matar isso sim! – Ikki falou furiosamente. – Ainda se considera uma deusa? Uma deusa de verdade e feita de amor e segue sempre o caminho do bem...
- Estou tentando seguir esse caminho... Por isso é preciso alguns sacrifícios.
- O QUÊ? – Ikki sorriu meio sem gosto.
- Ganhei a terra para dominá-la. Atena não estava tomando conta dela como devia. Quero no entanto recomeçar uma nova vida, purificando tudo e todos que já a sujaram uma vez. E já estou quase conseguindo...
- Não pode está falando serio...? – duvidou Hyoga.
- O que está planejando?
Ela sorriu brandamente.
- Em poucos minutos Atena morrerá. Portanto, a terra ficará a minha disposição, para eu dominá-la como quiser... Mas não se preocupem! Eu saberei organiza-la de verdade.
- Atena é a única que pode nos ajudar... – Ikki ficava furioso a cada segundo.
- Onde está ela agora? Diga-me por favor... – implorou Hyoga.
- Já chega, conseguiram muito em chegarem até aqui...
- Mostre-me o seu rosto! – falou Ikki em tom de ordem.
- Quem você está pensando que é cavaleiro?
- Muito bem! Terei que força-la então...
Ikki fez postura de ataque.
- AVE FÊNIX!
- NÃO SEJA RIDICULO!
Antes mesmo do golpe de Ikki atingir as cortinas, ele voltou com tudo na direção deles. Os dois são atingidos pelo golpe ave fênix e são jogados para longe.
- Meu ataque foi revidado...? Isso significa que ela é...
- Quem é você? – perguntou Hyoga se levantando.
- Não vão precisar saber... Pois morrerão em breve! Encarem o meu guerreiro mais fiel e mais poderoso...
Ramos de espinhos surgiram do nada e cresceram rapidamente. Ele foi se abrindo aos poucos como uma flor. Uma luz ofuscante deu origem a um cavaleiro de fisionomia medonha.
Os dois agora de pé novamente, encaravam o guerreiro que surgiu na frente deles.
- THORN? – falaram os dois igualmente assustados.
Na verdade era Thorn, mas ele não era mais o mesmo. Sua armadura negra, exibia um brilho divino e havia mudado de forma. O numero de espinhos na sua armadura havia aumentado, e estavam mais afiados do que nunca.
- Finalmente te encontrei de novo seu cretino... – disse Ikki explodindo de raiva.
Thorn apesar de tudo sorriu.
- O que aconteceu com você? – Hyoga perguntou impressionado.
- Não tenho tempo para responder perguntas. MORRAM!
- RAJADA DE ESPINHOS! – Thorn parecia uma maquina incontrolada de combate.
O ataque foi tão rápido que eles nem tiveram tempo de revidar ou se defenderem.
Os espinhos os atingiram em cheio, fazendo eles desabarem no chão.
- Thorn conseguiu o que ele mais desejava – falou a voz por trás das cortinas. – Thorn recebeu grande parte de sangue divino... – ela deu um sorriso. – Inclusive o de Atena. Portanto, agora ele também é um guerreiro divino.
- O QUE? – Ikki se assustou com as palavras dela.
Hyoga que se levantou lentamente, não conseguiu falar nada.
- O que você fez com Atena? – perguntou Ikki incrédulo.
- Morra você primeiro, fênix:
- CORRENTE DE ESPINHOS!
Uma corrente formada de espinhos prendeu Ikki e o apertou drasticamente. Seu pescoço foi apertado e rasgado com os inúmeros espinhos. O sangue de Ikki pingou lentamente no chão. A corrente de espinhos não o largou e continuou o torturando. Ikki ficou imobilizado e até seus fortes gritos foram abafados.
Hyoga ficou imóvel. Thorn não era mais o mesmo, mesmo assim tentou salvar o amigo.
- PÓ DE DIAMANTE!
- Não seja ridículo! – Thorn usou sua outra mão que estava livre para conter o ataque de gelo.
- O QUE?
A corrente de espinho se dissolveu e Ikki caiu no chão inconsciente.
Thorn olhou furiosamente para Hyoga.
- Agora é a sua vez... – disse Thorn aproximando-se dele rapidamente.
Hyoga não escondeu a angustia e o medo.
- PARE!
Três cavaleiros de bronze entraram de repente no salão principal.
Seiya, Shiryu e Shun entraram triunfantes emanando cosmos altamente poderosos.
Hyoga se sentiu mais aliviado.
Thorn ficou paralisado. Não com medo, mais impressionado.
- Vai ter que encarar todos nos de uma só vez... – falou Seiya determinado.
Thorn sorriu.
- Será uma honra...


Nenhum comentário: