sábado, 14 de abril de 2007

Capítulo 12


Capítulo 12

O brilho da justiça



Shiryu ficou boquiaberto. Eolo também não sabia o que dizer. Como seria possível? Como?
Shiryu olhou lentamente cada parte do seu corpo. A sua armadura havia ficado dourada e uma força sobrenatural envolveu todo o seu corpo.
- Sinto um novo poder circulando por minhas veias... – falou Shiryu olhando para as mãos que exibiam também um brilho dourado.
Shiryu olhou para Eolo em disparada, e o encarando falou:
- Ainda insiste em lutar?
Os olhos de Eolo estavam brancos como o vento, e o arrependimento estava estampado em sua face.
- Shiryu... – falou Eolo lentamente. – Perdoe – me por tudo...
Shiryu deixou escapar um sorrisinho sarcástico.
- Acha mesmo que ainda confio em você? Esqueceu que já traiu a minha confiança uma vez? Ou sei lá, varias...
- Eu não sabia... – começou ele explicando-se. – Eu não sabia, Shiryu... Eu desconhecia o verdadeiro propósito de todo o seu esforço...
- E agora, já sabe?
- Já me falou que luta pela justiça. Além disso, está na cara. Você sem querer já provou o suficiente toda a verdade. Esse brilho dourado estampado na sua armadura é o mesmo brilho contido numa armadura de ouro...
- Vai mesmo me deixar prosseguir livremente?
- À vontade... – disse Eolo virando – se de costas e estendendo uma das mãos, fazendo um gesto para Shiryu seguir em frente.
Shiryu hesitou.
- Não tenha medo! Por que eu insistiria em lutar com alguém que provou a capacidade de me superar?
- Eolo – disse Shiryu lentamente. –, eu posso até estar errado, mas vou dar meu voto de confiança a você mais uma vez...
- Pode confiar...
Shiryu não falou mais nada. Olhou para Eolo mais uma vez e com um suspiro profundo seguiu em frente.
Eolo estava falando a verdade. Shiryu prosseguiu livremente.
- Quero ver até aonde você é capaz de chegar... – disse Eolo quando Shiryu partiu. – Shiryu meu caro, não tenho dúvidas que você é discípulo de Dokho de libra, o cavaleiro mais justiceiro que já conheci... Grande homem, grande homem...
Em pensamento, Eolo lamenta – se:
“ - Se Shiryu luta a favor da justiça e está atacando os deuses...”
“- Então até agora eu combati pelo lado errado..?”
Shiryu correu rapidamente pelo longo jardim em direção ao templo principal. Por fim, Eolo viu apenas o vulto do seu reflexo desaparecer lentamente.

Em uma sala dentro do grande templo, (Precisamente a mais importante delas.) uma figura feminina caminhou lentamente até um trono coberto por longas cortinas vermelhas. A trajetória até o trono era composta por um caminho coberto por um longo tapete vermelho. Rosas vermelhas e brancas encontravam-se espalhadas pelo caminho, perfumando e encantando o ambiente. Chegando até o seu objetivo, ela se ajoelhou.
- Majestade, peço que me permita enfrentar aqueles malditos cavaleiros... – ela fez uma pausa. – Eles estão indo longe demais...
- Acredita mesmo que eles são ameaça para nós? – perguntou uma encantadora voz feminina por trás das cortinas.
- Não precisamente, mas eles estão sujando o chão dos jardins suspensos, e isso é inadmissível.
- Bem...
- Por favor, eu...
Antes de ela terminar de falar, a figura por trás das cortinas a interrompe dizendo:
- Se é assim, está livre para fazer o que quiser.
- Obrigada, agradeço por confiar em mim. Aproveito para me desculpar pelo incidente que cometi há pouco...
- Tudo bem, está perdoada, mais prometa nunca mais fazer aquilo de novo!
- Eu prometo majestade, obrigada pela sua piedade.
- Deixe para usar sua força contra nossos inimigos!
- Sim, tem razão.
- Muito bem, pode ir então, mostre do que você é capaz!
Com um sorriso no rosto e fechando o punho, ela encerrou a conversa dizendo:
- Malditos cavaleiros, vão se arrependerem por terem nascido. Eu Íris a deusa do arco-íris provarei isso...

Nenhum comentário: